PRIMEIRO DIA DA SEMANA ACADÉMICA DA UALG

Complexo Desportivo da Penha - "País das Maravilhas" - 5 de Maio de 2006

Preço dos Bilhetes : 10€ para estudantes e 13€ para não estudantes. Parece-me um preço claramente exagerado, afinal de contas estamos em crise. Apesar disso milhares de pessoas não quiseram perder pitada do primeiro dia de concertos.

Os Toranja subiram ao palco cerca das 0:00 horas. Sou da opinião de que esta banda se adequa melhor a recintos fechados, na medida em que a acústica realça o som do piano superiormente tocado por Tiago Bettencourt. É uma banda que tem como uma das suas principais influências, Jorge Palma. As letras desconcertantes, mas de uma poética cativante, fazem com que a voz de Tiago Bettencourt catapulte os Toranja para um largo futuro no panorama musical português. Canções que versam sobre o Amor, como a Carta, Laços ou o novo single Quebramos Os Dois são os principais hinos do grupo. No tema A Carta, o vocalista resolveu prolongar um pouco mais a letra cantando o refrão de É Preciso Ter Calma de Pedro Abrunhosa. Foi um bom concerto este com a duração de aproximadamente 1 hora. Aqui fica o vídeo de Quebramos Os Dois!

No intervalo entre as actuações do Toranja e dos Xutos, abeirei-me do Palco Rua, um espaço criado para dar voz às jovens bandas que estão a despontar na região. Decorria a actuação dos Medlin, cujo maior destaque foi a cartola do guitarrista. O género musical não é fácil de aquilatar, é uma mistura de várias coisas.

Por volta da 1 da manhã iniciou-se o concerto da banda residente das Semanas Académicas da Ualg, ou seja, os Xutos & Pontapés. Mais uma vez mostraram que continuam aí paras curvas. Músicas como “Não Sou o Único”, “Circo de Feras”, “Maria”, entre outras, foram entoadas em coro pela multidão. Surpresa foi o tema Gente de Merda, na voz de Zé Pedro, uma canção só para os verdadeiros conhecedores do espólio musical da banda. Foram quase duas horas da música de Xutos, que terminaram a sua actuação em apoteose com a “Casinha”, já os relógios marcavam 3 da manhã.

Finda a actuação dos Stones portugueses, muita gente abandonou o recinto, mas para quem quis permanecer a animação prosseguiu na Tenda Electrónica. Um espaço bastante amplo, apto para os amantes da música de dança darem largas à sua imaginação nas suas coreografias. Esteve bem animada a Tenda até ás 5 da matina, hora da minha retirada.


Notas finais para os excessos que caracterizam este tipo de eventos, os Knock-outs provocados pelo álcool, há jovens que bebem como se não houvesse amanhã, o consumo de marijuana, parece de facto inevitável aquele cheiro de ervas aromáticas que paira no ar, e por último, a te(n)são sexual, na noite de ontem havia criaturas verdadeiramente possuídas, casais de namorados quase a chegarem a vias de facto, com toques nas redes vezes sem conta e pasme-se uma rapariga de costas e vai daí um rapaz enfia a cabeça pelas suas pernas, Ganda Maluco!