DE CALÇAS NA MÃO

No secundário havia uma stôra de matemática, a Teresa, que nem era nada de especial, mas lá tinha um fã muito especial. Não, não era eu, nem outro colega meu, mas sim outro professor. O Prof. Diogo também leccionava matemática e era casado, mas segundo constava a mulher era fufa, como tal o homem tinha que se virar para algum lado.

Recordo-me que numa ocasião, estávamos a tirar dúvidas com a professora, para o teste do dia seguinte, quando irrompe pela sala o Prof Diogo e começa a falar com ela. Ainda fizemos uma ou duas perguntas, mas a professora já não nos ligava nenhuma. O Professor disse-nos então com um sorriso maroto:“Epá então mas vocês não se vão embora?” – que é como quem diz: “Epá vocês estão a ser uns empata-fodas, vejam lá se cavam daqui p´ra fora!” Ele estava autenticamente de calças na mão, na ânsia de dar uma!

Ai, ai, uma situação muito sui generis, de facto. Naquele dia ficámos esclarecidos, não sobre a matéria de matemática, mas sobre o tipo de relação existente entre os dois professores. Agora, pergunto eu: “Com professores de Matemática como estes, como querem que sejamos bons a fazer contas? “