JUNIORES DO FARENSE VANCEM DE FORMA HERÓICA OS SENIORES DO FERREIRAS

Ferreiras 0, Farense, 2

Campo da Nora, em Ferreiras. Árbitro: Nuno Ferreira (AF Algarve), auxiliado por Paulo Ribeiro e Mário Fernandes.


Ferreiras - Henrique; Diogo, Tony, Agostinho e Lagarto (Cláudio, 30'); Flávio (André, 66'), Américo e Silvano; Carvalho (Paulinho, 55'), Rodriguez e Marcos. Treinador: João Clara.


Farense - Nelson; Sidia, Valter (Tiago Teixeira, 56'), Cravo e Mercê; Bruno, Rony e Wilson (Farias, 24'); Ruaça, Ildefonso e Nuno (Steven, 67'). Treinador: Pedro Moreira.


Golos: Ruaça (6') e Farias (84').


Disciplina: Amarelo para Mercê (12'), Nelson (22'), Carvalho (22'), Ruaça (27') e Sidia (54'). Vermelho para Agostinho (90+4, directo) e Bruno (09+4', directo).

Os jovens jogadores do Farense, que disputam a II Divisão Nacional de Juniores, conseguiram ontem uma vitória surpreendente no campo do Ferreiras, em jogo em atraso da 3.ª jornada da Série F da III Divisão Nacional. A equipa treinada por Pedro Moreira, que substituiu pela segunda vez os seniores esta temporada, demonstrou muita união e um estoicismo notável, para quem compete em duas provas totalmente distintas. E também contou com alguma sorte e a incompetência atacante dos elementos da casa.

O grande golo de Ruaça (que atirou de primeira, perto do bico da grande área, na direita) abriu as hostilidades, surpreendendo a turma da casa. Se a pressão do conjunto orientado por João Clara já se adivinhava, a partir daí intensificou-se, com o Farense remetido ao seu meio-campo. Ao domínio territorial do Ferreiras correspondia uma estratégia mais calculista dos leões de Faro, que foram sempre levando a água ao seu moinho. Em contra-ataque, Nuno falhou o 0-2, escandalosamente, e no minuto seguinte, o empate não chegou por mera sorte: Rodriguez atirou ao poste e Cláudio, com a baliza aberta, rematou ao lado no mesmo lance. Ainda antes do intervalo, Nelson parou com uma grande defesa o remate de Marcos.

Na segunda parte, o panorama do jogo manteve-se, com o Ferreiras a exercer maior pressão mas sem encontrar solução para os males da eficácia no ataque. As ocasiões sucediam-se (contabilizam-se três lances de grande perigo desperdiçados) e o azar prosseguia. A apostar no contra-ataque, o Farense conseguiu o segundo golo a seis minutos do fim: Farias surgiu isolado e "matou" a partida.